Depois de você
A cadeira vazia e um brinde solitário, algo diferente fica no ar, seca o gelo do copo e logo satisfaço minha vontade de um drink. Me acomodo no sofá e ele parece bem maior, sinto frio, peço o controle pra mim mesmo e logo vejo, a TV me entedia.
Vou ao banheiro, lavo meu rosto com água quente, me vejo no espelho e pareço cansado, olheiras fundas e barba por fazer, percebo que o número de toalhas já foi maior.
Chego no meu quarto, no relógio são três da manhã e não sei o que faço acordado. No guarda roupas de oito portas eu procuro por uma roupa boa pra dormir, são tantos cabides para tão poucas roupas, e ainda assim eu acho que vou dormir como estou, camisa desabotoada, calças e meias.
Ao me deitar percebo, uma cama enorme, gosto do lado esquerdo, parece que tem minhas medidas marcadas, já do lado direito minhas medidas parecem ter diminuído. No criado mudo esquerdo, apenas remédios pra dormir, recentemente abertos, mais do que isso, abertos de uma forma desesperada, já no criado mudo direito um livro, já empoeirado no qual o título não consigo ler, o conjuntos de drinks que tomei anteriormente parecem fazer efeito, o teto roda como se jamais fosse parar, talvez um remédio desses me ajudaria a dormir, e ao esticar a mão derrubo um porta retrato no chão no qual me vejo com uma mulher linda, me abraçando de uma forma tão aconchegante que gosto de olhar para foto.
Entre o efeito do álcool e o efeito do sonífero, olhando pra foto eu me pego em um momento de sanidade e me lembro, eu nem sempre fui só, e é estranho como as coisas mudam sem avisar, eu já nem me lembrava, eu torcia pra estar morto, pois meu coração estava, e agora já não dava mais pra ser como era antes, apenas esta mulher e eu, um ultimo sonífero e eu apago.
sábado, 26 de junho de 2010
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Muito lindo =p
ResponderExcluirNath Brambilla =]