Após muito tempo estou postando dois textos.
A janela
Era como um quadro, pintado todo de preto, com pontos brancos e brilhantes, como se tivessem caído ali por acidente. Fazia com que meu quarto gelasse ainda mais, e mesmo que em dimensões pequenas, me perdia em tamanha profundidade.
Desenhava figuras ligando os pontos brilhantes, não sei se obra da imaginação, mas enxergava uma espada em um cinturão, e ao sul talvez um cruzeiro.
Me confortava não saber o que o horizonte escondia, pois sempre me surpreendia com o que minha mente fingia saber.
As horas passam e o relógio se torna tão importante para o tempo, quanto aquele cruzeiro para aquela direção.
Logo o quadro começa a desbotar, assim como a temperatura em meu quarto começa a abaixar. A medida que desbota, os desenhos somem, e as folhas pingam o orvalho.
As seis da manhã, pela minha janela agora vejo um quadro sobre o amanhecer!
Desistir!
Aí vamos nós, prontos para sonhar um mundo, e compartilhar a luta com as pessoas ao nosso lado. E é tudo o que temos, uns aos outros até que o sucesso ou o fracasso nos separe. O tempo vai passando, e a estrada que no início era apertada agora já não é mais, o fôlego que antes parecia sobrar agora falta. Sob um calor escaldante vejo a formação de um grupo de desertores, somado aos outros inúmeros que também possuem a capacidade de sonhar porem não a de lutar e realizar.
A essa altura os que comigo restam, sentem os braços pesados, e os passos curtos. A busca parece não ter fim. A lágrima salga o lábio, e agora conta-se nos dedos o número de perseguidores de um sonho.
Um a um vejo apenas as sombras, dando as costas, me deixando sozinho nessa busca. Não me permito a derrota, mas pareço abandonar a vitória, e já nem sei mais onde posso chegar.
Apenas tenho em mim que se eu alcançar meu objetivo, realizar meu sonho, não vai me fazer melhor do que ninguém, vai apenas demonstrar que não fiz o que todos fizeram.
Desistir!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
sábado, 28 de agosto de 2010
O Líder
A minha mente liberta transgride todas as fronteiras, me permitindo tornar sonhos em realidade, e fracassos em aprendizado.Entre dez direções basta uma direção certa para provar meu sucesso, e outras nove direções erradas para me fazer tentar de novo. E durante toda vida terei inimigos e pessoas tentando me fazer desistir das minhas crenças e ideais, e a eles eu oferecerei minhas mãos, afinal se quero eles do meu lado, não posso agir contra eles, da mesma forma que eles agem comigo, desta forma, transformo estes dias em tempos de perdão e recomeço.
Faço da minha voz a voz de inúmeros outros cidadãos, voz ativa perante todos que devam ouvir nossas reivindicações, capitão de uma alma incansável e desgovernada na busca de um ideal comum. Carrego na minha mochila todos os sonhos confiados a mim.
Faço auto-critica até ficar imune a todos que tem coragem de criticar e não tem coragem de chamar pra si a responsabilidade que eu chamei.
E quando minhas palavras não bastarem, meus atos responderam por mim e pela esperança que eu carrego de todos que eu lidero.
E se não bastar uma vida terrena, meu nome e minha história levará meu legado através dos tempos, servindo de inspiração para o nascimento de novos líderes.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
Nelson Mandela
Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.
Nelson Mandela
Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida
Ernesto Che Guevara
Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética
Ernesto Che Guevara
O conhecimento nos faz responsáveis.
Ernesto Che Guevara
Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado."
Ernesto Che Guevara
Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
Mahatma Gandhi
A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.
Mahatma Gandhi
O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.
Mahatma Gandhi
Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.
Abraham Lincoln
Faço da minha voz a voz de inúmeros outros cidadãos, voz ativa perante todos que devam ouvir nossas reivindicações, capitão de uma alma incansável e desgovernada na busca de um ideal comum. Carrego na minha mochila todos os sonhos confiados a mim.
Faço auto-critica até ficar imune a todos que tem coragem de criticar e não tem coragem de chamar pra si a responsabilidade que eu chamei.
E quando minhas palavras não bastarem, meus atos responderam por mim e pela esperança que eu carrego de todos que eu lidero.
E se não bastar uma vida terrena, meu nome e minha história levará meu legado através dos tempos, servindo de inspiração para o nascimento de novos líderes.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
Nelson Mandela
Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.
Nelson Mandela
Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida
Ernesto Che Guevara
Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética
Ernesto Che Guevara
O conhecimento nos faz responsáveis.
Ernesto Che Guevara
Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado."
Ernesto Che Guevara
Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.
Mahatma Gandhi
A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.
Mahatma Gandhi
O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.
Mahatma Gandhi
Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.
Abraham Lincoln
sábado, 31 de julho de 2010
Detalhes
É simples, é detalhe mais muitas vezes dói.
Muitas vezes tropeçamos em ações mínimas, suficiente para magoar alguém.
Construímos mundos diferentes em nossas cabeças, nos quais vivemos sob nossas próprias regras e leis, e as vezes um pingo d´água no seu mundo, pode ser uma tempestade no meu.
Não é fácil entender a diferença de pensamentos entre as pessoas, um mundo de diferentes percepções de um acaso, e se for acaso a culpa não é de ninguém.
Não são as coisas como estão e sim as coisas como são, e o entendimento disso nos deixara mais próximos.
Espero suportar escutar tudo o que você tem a me dizer, mas se eu não conseguir, espero escutar o que eu preciso.
Daí então, aceitaria suas desculpas. Não se trata de fraqueza, pelo contrario, pra se redimir é necessário força.
Após as desculpas, talvez a tempestade termine.
É simples, é detalhe mais muitas vezes dói.
Muitas vezes tropeçamos em ações mínimas, suficiente para magoar alguém.
Construímos mundos diferentes em nossas cabeças, nos quais vivemos sob nossas próprias regras e leis, e as vezes um pingo d´água no seu mundo, pode ser uma tempestade no meu.
Não é fácil entender a diferença de pensamentos entre as pessoas, um mundo de diferentes percepções de um acaso, e se for acaso a culpa não é de ninguém.
Não são as coisas como estão e sim as coisas como são, e o entendimento disso nos deixara mais próximos.
Espero suportar escutar tudo o que você tem a me dizer, mas se eu não conseguir, espero escutar o que eu preciso.
Daí então, aceitaria suas desculpas. Não se trata de fraqueza, pelo contrario, pra se redimir é necessário força.
Após as desculpas, talvez a tempestade termine.
sábado, 17 de julho de 2010
éé..
O Poeta
É necessário provar a imensidão de aromas e sabores, contemplar todas as cores, ouvir a sinfonia de sons e tatear um lápis.
É necessário conhecer a gramática, um pouco da literatura, nem sempre na mesma ordem e a fundo.
Não precisa ter idade avançada, nem ter vivido muito, só o bastante para aflorar as emoções e sensações, sejam elas prazerosas ou não.
É preciso escutar a razão, por mais que doa o coração, nem que seja apenas para se encaixar a métrica, e perceber que por mais contraditório que seja, haverá ódio, sempre que houver amor.
Não menos importante que a razão, é imprescindível escutar o coração, talvez nem sempre a melhor escolha durante o calor da emoção, pelo menos é a mais pura ação.
Escritores, poetas ou não, todos somos seres humanos, e por dever e direito devemos nos permitir a tudo, e escrever a nossa história no livro da vida , na linha do tempo, em uma sala chamada Era dos Homens onde aprenderemos com o passado, renovaremos no presente e colheremos os frutos no futuro, e se tudo der errado o futuro ainda vai nos guardar um recomeço, e começaremos o livro do início mais uma vez.
E independente de qualquer ponto de vista, todos devemos convergir que amanhã pode ser tarde demais para começar a amar, mas nunca será cedo.
É necessário provar a imensidão de aromas e sabores, contemplar todas as cores, ouvir a sinfonia de sons e tatear um lápis.
É necessário conhecer a gramática, um pouco da literatura, nem sempre na mesma ordem e a fundo.
Não precisa ter idade avançada, nem ter vivido muito, só o bastante para aflorar as emoções e sensações, sejam elas prazerosas ou não.
É preciso escutar a razão, por mais que doa o coração, nem que seja apenas para se encaixar a métrica, e perceber que por mais contraditório que seja, haverá ódio, sempre que houver amor.
Não menos importante que a razão, é imprescindível escutar o coração, talvez nem sempre a melhor escolha durante o calor da emoção, pelo menos é a mais pura ação.
Escritores, poetas ou não, todos somos seres humanos, e por dever e direito devemos nos permitir a tudo, e escrever a nossa história no livro da vida , na linha do tempo, em uma sala chamada Era dos Homens onde aprenderemos com o passado, renovaremos no presente e colheremos os frutos no futuro, e se tudo der errado o futuro ainda vai nos guardar um recomeço, e começaremos o livro do início mais uma vez.
E independente de qualquer ponto de vista, todos devemos convergir que amanhã pode ser tarde demais para começar a amar, mas nunca será cedo.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
AFEGANISTÃO
Afeganistão
O cheiro de pólvora e gasolina pairam pelo ar, disfarçados no mormaço das areias quentes daqui. Fragrância trazida pelos homens do ocidente, em busca do ouro negro, que flui como os rios das encostas.
A visitantes não convidados é dada a permissão de entrada pela força. A roupa pesada carrega uma pele dura, quase que intransponível, de acessórios, apenas cintos e mais cintos carregados com balas, e granadas. Chegam por todos os lados, em imensas caravanas de blindados. A terra treme. Ou ainda pelos céus, os anjos da morte descem a terra, e a prece se perde em meio a escombros e pedras.
Em pouco tempo se ergue uma cidade de barracas, em meio a quilômetros de arame farpado e vigias que quase nunca dormem. Seus olhos não disfarçam a vontade de apertar o gatilho.
A noite chega ao som do toque de recolher. Talvez a hora mais crítica. A resistência sente-se forte para um contra-ataque. Morte pela pátria, por um Deus. A vida é o instrumento, a morte é a arma. Um botão e a manchete do dia seguinte se concretiza. Pressão e combustão provocada, e mais um prédio vem ao chão.
No dia seguinte o jornal pública as baixas. E em meio a poeira e prego, o ódio cresce em uma terra infértil, regado a sangue dos que lá caem.
O cheiro de pólvora e gasolina pairam pelo ar, disfarçados no mormaço das areias quentes daqui. Fragrância trazida pelos homens do ocidente, em busca do ouro negro, que flui como os rios das encostas.
A visitantes não convidados é dada a permissão de entrada pela força. A roupa pesada carrega uma pele dura, quase que intransponível, de acessórios, apenas cintos e mais cintos carregados com balas, e granadas. Chegam por todos os lados, em imensas caravanas de blindados. A terra treme. Ou ainda pelos céus, os anjos da morte descem a terra, e a prece se perde em meio a escombros e pedras.
Em pouco tempo se ergue uma cidade de barracas, em meio a quilômetros de arame farpado e vigias que quase nunca dormem. Seus olhos não disfarçam a vontade de apertar o gatilho.
A noite chega ao som do toque de recolher. Talvez a hora mais crítica. A resistência sente-se forte para um contra-ataque. Morte pela pátria, por um Deus. A vida é o instrumento, a morte é a arma. Um botão e a manchete do dia seguinte se concretiza. Pressão e combustão provocada, e mais um prédio vem ao chão.
No dia seguinte o jornal pública as baixas. E em meio a poeira e prego, o ódio cresce em uma terra infértil, regado a sangue dos que lá caem.
sábado, 26 de junho de 2010
depois de mto tempo eu voltei..uhauhauhauha
Depois de você
A cadeira vazia e um brinde solitário, algo diferente fica no ar, seca o gelo do copo e logo satisfaço minha vontade de um drink. Me acomodo no sofá e ele parece bem maior, sinto frio, peço o controle pra mim mesmo e logo vejo, a TV me entedia.
Vou ao banheiro, lavo meu rosto com água quente, me vejo no espelho e pareço cansado, olheiras fundas e barba por fazer, percebo que o número de toalhas já foi maior.
Chego no meu quarto, no relógio são três da manhã e não sei o que faço acordado. No guarda roupas de oito portas eu procuro por uma roupa boa pra dormir, são tantos cabides para tão poucas roupas, e ainda assim eu acho que vou dormir como estou, camisa desabotoada, calças e meias.
Ao me deitar percebo, uma cama enorme, gosto do lado esquerdo, parece que tem minhas medidas marcadas, já do lado direito minhas medidas parecem ter diminuído. No criado mudo esquerdo, apenas remédios pra dormir, recentemente abertos, mais do que isso, abertos de uma forma desesperada, já no criado mudo direito um livro, já empoeirado no qual o título não consigo ler, o conjuntos de drinks que tomei anteriormente parecem fazer efeito, o teto roda como se jamais fosse parar, talvez um remédio desses me ajudaria a dormir, e ao esticar a mão derrubo um porta retrato no chão no qual me vejo com uma mulher linda, me abraçando de uma forma tão aconchegante que gosto de olhar para foto.
Entre o efeito do álcool e o efeito do sonífero, olhando pra foto eu me pego em um momento de sanidade e me lembro, eu nem sempre fui só, e é estranho como as coisas mudam sem avisar, eu já nem me lembrava, eu torcia pra estar morto, pois meu coração estava, e agora já não dava mais pra ser como era antes, apenas esta mulher e eu, um ultimo sonífero e eu apago.
A cadeira vazia e um brinde solitário, algo diferente fica no ar, seca o gelo do copo e logo satisfaço minha vontade de um drink. Me acomodo no sofá e ele parece bem maior, sinto frio, peço o controle pra mim mesmo e logo vejo, a TV me entedia.
Vou ao banheiro, lavo meu rosto com água quente, me vejo no espelho e pareço cansado, olheiras fundas e barba por fazer, percebo que o número de toalhas já foi maior.
Chego no meu quarto, no relógio são três da manhã e não sei o que faço acordado. No guarda roupas de oito portas eu procuro por uma roupa boa pra dormir, são tantos cabides para tão poucas roupas, e ainda assim eu acho que vou dormir como estou, camisa desabotoada, calças e meias.
Ao me deitar percebo, uma cama enorme, gosto do lado esquerdo, parece que tem minhas medidas marcadas, já do lado direito minhas medidas parecem ter diminuído. No criado mudo esquerdo, apenas remédios pra dormir, recentemente abertos, mais do que isso, abertos de uma forma desesperada, já no criado mudo direito um livro, já empoeirado no qual o título não consigo ler, o conjuntos de drinks que tomei anteriormente parecem fazer efeito, o teto roda como se jamais fosse parar, talvez um remédio desses me ajudaria a dormir, e ao esticar a mão derrubo um porta retrato no chão no qual me vejo com uma mulher linda, me abraçando de uma forma tão aconchegante que gosto de olhar para foto.
Entre o efeito do álcool e o efeito do sonífero, olhando pra foto eu me pego em um momento de sanidade e me lembro, eu nem sempre fui só, e é estranho como as coisas mudam sem avisar, eu já nem me lembrava, eu torcia pra estar morto, pois meu coração estava, e agora já não dava mais pra ser como era antes, apenas esta mulher e eu, um ultimo sonífero e eu apago.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
6°
Duas vezes !! huahuhuahua
A selva
Visto de longe e contra o Sol, belos morros enfeitam a paisagem, a sombra preta no Sol amarelo mesmo de longe nos passa a sensação de alívio, pelo menos até a sombra tomar verdadeira forma e a distancia for encurtada.
De perto e sem a luz para ofuscar os olhos percebo o terrível engano. Me encontro em meio a uma selva de garrafas pet, sob um gramado de vidro, papelão e jornal por onde passa um rio de chorume, lavando pegadas que vão desde o numero 23 até o 43, que ali procuram por tesouros escondidos, ou apenas esquecidos por uma civilização chamada classe média alta.No céu uma grande quantidade de aves, mas que mesmo sendo em grande quantidade é de apenas uma qualidade, todas grandes e pretas e planam pelos céus buscando por presa fácil, que na maioria das vezes chegam já abatidas e aos pedaços.A vista é embaçada, uma mistura de luz, fumaça e gases provenientes de sobras industriais.
Nas beiras dos morros moram uma civilização pouco conhecida mas muito esquecida, constroem suas casas e condomínios a base de madeira, jornal e isopor, a mesa vem ao chão, sem cadeiras para qualquer deleite, o copo é comunitário e o banquete é um saco de pão, conseguido depois de horas de expedição à selva de plástico.Sob a folha fina de caderno de onde deveria nascer o futuro, o menino se deita para dormir, usando o mesmo para se cobrir e anotar a prece.Perto dali a mãe se desespera, pois seu leite pobre e fraco em vitaminas já esta secando, e já anuncia problemas para mais nova moradora da comunidade.O pai, chefe da família com os pés cortados pela grama de vidro e as mãos furadas não por espinhos das rosas mas sim pelas agulhas do lixo hospitalar já não consegue sorrir, mas nunca contestando a existência de Deus, seu maior refúgio e esperança de que tudo a qualquer hora pode mudar.
Em meio a tudo isso o tempo passa, as rugas aparecem, a criança cresce, mas sem muita importância pois aqui os aniversários foram esquecidos, assim como natal, páscoa ou qualquer outra data comemorativa, afinal todos os dias devem ser comemorados , pois nessa selva de natureza sintética, fazer a vida fluir é uma vitória sem tamanho.
24 horas
O dia começa cedo pra quem trabalha, pra quem estuda ou pra quem sofre de insônia.
Em um dia pode acontecer muita coisa como a descoberta para doenças sem cura, um golpe de estado, uma guerra civil e porquê não o início da terceira guerra mundial.
Em um dia pode chover e fazer sol logo depois, podemos nos encontrar de bom humor ou ainda de mal com a vida, podemos simplesmente passar o dia deitado vendo as nuvens passarem, ou ainda praticar esportes.
No intervalo de um dia podemos fazer novos amigos assim como novas inimizades, podemos praticar a bondade ou nos transformar nas pessoas mais egoístas do mundo. Podemos nos encontrar em roupas comuns, ou trajados de heróis.Podemos torcer pro tempo passar rápido ou mesmo para o tempo passar devagar mesmo sabendo que ele nunca mudará sua velocidade, 60 segundos, 60 minutos, 24 horas.
Podemos ser o vilão tanto como o mocinho, podemos escrever um livro, ou apenas ler um.
Podemos amar hoje mais do que ontem e menos do que amanhã, como ser humano também tendemos a odiar, só espero que menos hoje e menos ainda amanhã.
A verdade é que o amanhã existe pra gente recomeçar, sem nenhuma guerra, em bom humor, praticando esportes e saúde, fazendo amigos, sendo generosos, virando heróis quando necessários, usando o tempo pra descobrir a cura de doenças, podemos escrever um livro e depois o ler, ser o mocinho desse livro só pra contradizer o vilão e apenas amar as pessoas independente do amanhã.
Amanhã é um recomeço para um hoje ruim, e todo por do Sol vai guardar uma história enquanto que o nascer dele iniciará uma nova!
A selva
Visto de longe e contra o Sol, belos morros enfeitam a paisagem, a sombra preta no Sol amarelo mesmo de longe nos passa a sensação de alívio, pelo menos até a sombra tomar verdadeira forma e a distancia for encurtada.
De perto e sem a luz para ofuscar os olhos percebo o terrível engano. Me encontro em meio a uma selva de garrafas pet, sob um gramado de vidro, papelão e jornal por onde passa um rio de chorume, lavando pegadas que vão desde o numero 23 até o 43, que ali procuram por tesouros escondidos, ou apenas esquecidos por uma civilização chamada classe média alta.No céu uma grande quantidade de aves, mas que mesmo sendo em grande quantidade é de apenas uma qualidade, todas grandes e pretas e planam pelos céus buscando por presa fácil, que na maioria das vezes chegam já abatidas e aos pedaços.A vista é embaçada, uma mistura de luz, fumaça e gases provenientes de sobras industriais.
Nas beiras dos morros moram uma civilização pouco conhecida mas muito esquecida, constroem suas casas e condomínios a base de madeira, jornal e isopor, a mesa vem ao chão, sem cadeiras para qualquer deleite, o copo é comunitário e o banquete é um saco de pão, conseguido depois de horas de expedição à selva de plástico.Sob a folha fina de caderno de onde deveria nascer o futuro, o menino se deita para dormir, usando o mesmo para se cobrir e anotar a prece.Perto dali a mãe se desespera, pois seu leite pobre e fraco em vitaminas já esta secando, e já anuncia problemas para mais nova moradora da comunidade.O pai, chefe da família com os pés cortados pela grama de vidro e as mãos furadas não por espinhos das rosas mas sim pelas agulhas do lixo hospitalar já não consegue sorrir, mas nunca contestando a existência de Deus, seu maior refúgio e esperança de que tudo a qualquer hora pode mudar.
Em meio a tudo isso o tempo passa, as rugas aparecem, a criança cresce, mas sem muita importância pois aqui os aniversários foram esquecidos, assim como natal, páscoa ou qualquer outra data comemorativa, afinal todos os dias devem ser comemorados , pois nessa selva de natureza sintética, fazer a vida fluir é uma vitória sem tamanho.
24 horas
O dia começa cedo pra quem trabalha, pra quem estuda ou pra quem sofre de insônia.
Em um dia pode acontecer muita coisa como a descoberta para doenças sem cura, um golpe de estado, uma guerra civil e porquê não o início da terceira guerra mundial.
Em um dia pode chover e fazer sol logo depois, podemos nos encontrar de bom humor ou ainda de mal com a vida, podemos simplesmente passar o dia deitado vendo as nuvens passarem, ou ainda praticar esportes.
No intervalo de um dia podemos fazer novos amigos assim como novas inimizades, podemos praticar a bondade ou nos transformar nas pessoas mais egoístas do mundo. Podemos nos encontrar em roupas comuns, ou trajados de heróis.Podemos torcer pro tempo passar rápido ou mesmo para o tempo passar devagar mesmo sabendo que ele nunca mudará sua velocidade, 60 segundos, 60 minutos, 24 horas.
Podemos ser o vilão tanto como o mocinho, podemos escrever um livro, ou apenas ler um.
Podemos amar hoje mais do que ontem e menos do que amanhã, como ser humano também tendemos a odiar, só espero que menos hoje e menos ainda amanhã.
A verdade é que o amanhã existe pra gente recomeçar, sem nenhuma guerra, em bom humor, praticando esportes e saúde, fazendo amigos, sendo generosos, virando heróis quando necessários, usando o tempo pra descobrir a cura de doenças, podemos escrever um livro e depois o ler, ser o mocinho desse livro só pra contradizer o vilão e apenas amar as pessoas independente do amanhã.
Amanhã é um recomeço para um hoje ruim, e todo por do Sol vai guardar uma história enquanto que o nascer dele iniciará uma nova!
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